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Síndrome das Pernas Irrequietas: quando o corpo insiste em não parar

  • Foto do escritor: Mánela Cinco das Três®
    Mánela Cinco das Três®
  • 17 de jul.
  • 3 min de leitura

Imagina esta situação: estás finalmente a descansar, sentado ou deitado, pronto para te desligares do mundo, quando de repente te apetece mexer as pernas sem te conseguires controlar. Não se trata propriamente de uma dor, mas sim de uma espécie de desconforto estranho que só melhora quando te levantas ou mexes. Se já passaste por isto com frequência, é possível que estejas a viver com a Síndrome das Pernas Irrequietas (SPI), uma condição neurológica real reconhecida oficialmente pela comunidade médica.


É uma doença reconhecida?


De facto, a Síndrome das Pernas Irrequietas foi oficialmente reconhecida como perturbação neurológica pela Organização Mundial de Saúde e incluída nas classificações médicas internacionais. Embora o termo já exista há décadas (a sua primeira descrição data de 1945, por um médico sueco chamado Karl-Axel Ekbom), só nas últimas duas décadas ganhou maior visibilidade, graças a novos estudos neurológicos e à sua inclusão em manuais como o DSM-5 (Manual de Diagnóstico e Estatística das Perturbações Mentais), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria.


Atualmente, é considerada uma doença crónica do sono e do movimento, com impacto real na qualidade de vida.


O que se sente quando se tem SPI?


A SPI manifesta-se sobretudo à noite ou em momentos de descanso. Os principais sintomas incluem:


  • Sensações incómodas ou estranhas nas pernas, como formigueiro, repuxar ou comichão interna.

  • Necessidade urgente de mover as pernas para aliviar o desconforto.

  • Agravamento dos sintomas durante a noite.

  • Alívio apenas temporário com o movimento.

  • Dificuldade em adormecer ou em manter o sono.


Em alguns casos, o desconforto pode estender-se aos braços ou a outras zonas do corpo. O impacto no descanso noturno pode ser profundo, levando à fadiga, ansiedade ou alterações de humor durante o dia.


Quem está mais em risco?


Estima-se que a SPI afete entre 5% e 10% da população mundial, embora muitos casos continuem por diagnosticar. Os grupos mais afetados incluem:

  • Mulheres (especialmente durante a gravidez ou após os 40 anos);

  • Pessoas com histórico familiar da doença;

  • pessoas com deficiência de ferro, doença renal crónica, diabetes tipo 2 ou doença de Parkinson.

  • Indivíduos sujeitos a stress crónico ou a uso prolongado de certos medicamentos, como antidepressivos ou anti-histamínicos.


O que causa a SPI?


A origem exata ainda está a ser investigada, mas os especialistas identificaram vários mecanismos principais:

  • Alterações na dopamina, um neurotransmissor que regula os movimentos;

  • Baixos níveis de ferro no cérebro, mesmo quando os valores sanguíneos são normais.

  • Disfunções na comunicação entre o cérebro e os nervos periféricos.

  • Fatores genéticos, sobretudo em casos precoces (antes dos 40 anos).


Como aliviar os sintomas naturalmente?


Apesar de não haver uma cura definitiva, muitas pessoas conseguem melhorar significativamente o seu bem-estar com abordagens integradas.



  1. Rotinas calmantes antes de dormir:

    Banhos quentes, respiração profunda e aromaterapia com óleos como o de lavanda ou vetiver.

  2. Nutrição rica em ferro e magnésio.

  3. Alimentos como leguminosas, espinafres, beterraba, sementes de abóbora e aveia.

  4. Movimento leve e regular:

    Caminhadas, ioga suave, alongamentos noturnos.

  5. Cuidados de spa e bem-estar:

    Na Mánela Cinco das Três®, recomendam-se práticas que aliviam o desconforto das pernas, como:

    • massagens localizadas com cremes calmantes e drenantes;

    • Drenagem linfática manual ou mecânica, ideal para quem sente peso ou tensão nas pernas.

    • Aplicações tópicas com ingredientes marinhos que ajudam a relaxar e a melhorar a microcirculação;

    • Técnicas de relaxamento com cromoterapia e aromaterapia nos nossos ambientes terapêuticos.


Quando deve procurar apoio clínico?


Se os sintomas forem frequentes, perturbarem o sono ou provocarem sofrimento emocional, é fundamental procurar acompanhamento médico. O diagnóstico é feito com base na descrição dos sintomas e, em alguns casos, complementado com análises ao ferro ou estudos do sono.


Em situações moderadas a graves, podem ser prescritos suplementos ou medicamentos para regular os níveis de dopamina ou melhorar a qualidade do sono.



A Síndrome das Pernas Irrequietas pode parecer uma simples "mania" de quem não consegue estar quieto, mas é uma condição real, reconhecida e passível de tratamento. Saber mais sobre ela é um primeiro passo para encontrar soluções e dormir com mais conforto.


Na Mánela Cinco das Três®, estamos comprometidos com o bem-estar integral dos nossos clientes. Se procura apoio para lidar com desconforto nas pernas, cansaço noturno ou dificuldades em relaxar, temos várias soluções que podem ajudar. Fale connosco — estamos aqui para cuidar de si.

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